Por Mariana Nogueira
Que menina não sonha em se casar com um príncipe? Ou melhor, que menina britânica não sonhava em se casar com o príncipe William, futuro rei da Inglaterra? Muitas. E Catherine Elizabeth Middleton sem dúvidas era uma delas. São poucas as que nunca pensaram em se tornar uma princesa e eventualmente se compararam a Princesa Diana.
A Inglaterra é um país monárquico parlamentarista comandado pela Rainha Elizabeth II, mãe do príncipe Charles e avó do príncipe William. Uma das monarquias mais famosas do mundo teve um grande evento no dia 29 de Abril. Kate Middleton, enfim, casou-se com príncipe William após longos oito anos de namoro, em que até dividiram a mesma casa.
A Sua Alteza Real Catherine Duquesa de Cambridge, plebéia, iniciou seus esforços em busca do príncipe encantado já no colégio, época em que, de acordo com alunos amigos, ela já idolatrava um pôster do Príncipe William. Mas foi a sua entrada na Universidade de St. Andrews em Fife, Escócia, que deu o pontapé inicial para o golpe, digo, o sonho de conquistar o príncipe. Tornaram-se amigos, ela cursou História da Arte, ele Geografia. Fontes próximas afirmam que ela foi um grande estímulo para William continuar a estudar.
Demorou até que eles assumiram o relacionamento em público, mesmo depois de terem sido flagrados (pelos paparazzi, obviamente) aos beijos em uma estação de esqui. Foram muitos finais de semana em casas de campo, palácios, tudo patrocinado pelo povo britânico. Como todo relacionamento real, eles chegaram a romper o namoro, que só foi reatado após uma semana em uma ilha alugada apenas para os dois. Ou seja, coisa muito simples e normal para todos aqueles que pretender reatar um namoro.
Só em novembro do ano passado o noivado foi declarado à imprensa e à população, já que eles estavam noivos desde uma viagem ao Quênia. Praticamente uma coletiva de imprensa para anunciar o casamento, com a entrega de um anel escândalo que pertenceu a princesa Diana, e que, segundo William, é uma forma de ter a mãe sempre presente nessa data tão especial. O casamento aconteceu na Abadia de Westminster em Londres. Foi assistido por 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo e apenas 1900 convidados para a cerimônia religiosa, e entre eles apenas um brasileiro, o embaixador do Brasil no Reino Unido. O dia do casamento foi declarado feriado nacional.
E eu com isso?
Há meses se ouve falar do Casamento Real. TV, jornais, revistas, redes sociais e sites. Está em todos os lugares a bela foto do casal Catherine e William como um troféu do Reino Unido. As principais emissoras de televisão iniciaram seus trabalhos às 5 horas da madrugada de sexta, 29, dia do tão falado casório. Foram enviados apresentadores, repórteres, cinegrafistas, fotógrafos para captar todas as imagens e informações possíveis e impossíveis para que tudo chegasse rápido na TV ou computador dos brasileiros. Mas, o que milhões brasileiros têm com o casamento do neto da rainha da Inglaterra? Curiosidade.
E o principal motivo por tamanha curiosidade é o fato de não sermos um país monárquico nem de realizarmos eventos grandiosos com organização tão impecáveis e horários cumpridos a risca, qualidade dos britânicos. Além de ser um ótimo pretexto para encher os olhos daqueles que estão cansados de ler as mortes e crimes alheios.
Já pela manhã, todos estavam ligados para acompanhar o enlace. Ver o desfile dos convidados e as mulheres com seus esquisitíssimos chapéus, um show de bizarrices à parte. As redes sociais, principalmente o Twitter, estavam fervendo de atualizações. O Casamento Real foi o assunto do fim de abril e do começo de maio, até que todos encontrem um assunto melhor para discutir.
Sem falhar, o assunto mais comentado do casamento será o beijo. Um beijo fraquinho e singelo. Respeitando a presença da rainha foi apenas um gesto de união para o delírio do povo que se esmagava para tentar ver os recém-casados.
E Kate conseguiu. Mais uma história de A dama e O vagabundo em que se invertem os papéis. Ela é a plebéia, ele o membro da corte. E eles serão felizes para sempre, até que um escândalo os separe.
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