Tablet: você ainda vai ter um

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Por Eduardo Uliana

Depois da onda dos telefones celulares com câmera, TV, rádio e internet wireless, agora é a vez dos tablets. Computadores em forma de prancheta eletrônica, sem teclado e com tela sensível ao toque, os tablets foram apresentados ao mundo no início de 2010 e, por meio do seu principal representante, o iPad, ganharam força e prometem ser uma das principais tendências da tecnologia pessoal para os próximos anos.

Com tela entre 7 e 10 polegadas, eles podem ser usados para acesso à internet, organização pessoal, visualização de fotos e vídeos, leitura de livros, jornais e revistas, e para jogos. Todos os tablets já vêm com conexão Wi-Fi e alguns também usam conexão 3G.

Mas não se engane. Apesar de apresentar funcionalidades semelhantes aos microcomputadores e smartphones, o tablet é um novo conceito de comunicação, uma vez que a ponta dos dedos funciona como mouse ou caneta, acionando todas as funções do aparelho. E esqueça adaptadores, aparelhos periféricos, fios ou cabos. Nos tablets, tudo é acessado pela tela, ou melhor, o aparelho é a tela touchscreen que cabe nas mãos.

Atualmente, há três modelos distribuídos oficialmente no Brasil: o Galaxy Tab, da Samsung; o Xoom, da Motorola e o iPad, da Apple (a segunda geração estará disponível em meados de junho). Mas outros grandes fabricantes do segmento estão de olho no promissor mercado brasileiro e pretendem desembarcar no país ainda este ano.  Para quem não está disposto a desembolsar R$ 1,6 mil e comprar um iPad, existem dezenas de modelos "genéricos" disponíveis em sites de comércio eletrônico.

Agora, a pergunta que não quer calar é: por que eu preciso de um tablet?
Um dos grandes apelos dos tablets são os aplicativos, que permitem acessar redes sociais e notícias em uma interface confortável. Esses aparelhos também possuem desde simuladores de guitarra e bateria até programas para ensino de química e biologia. Não por acaso, o iPad, da Apple, é o tablet que tem o maior número de aplicativos.

Somado a isso, estão as já citadas funcionalidades: navegação na web, e-mail, leitura e edição de documentos simples, exibição de vídeos e fotos, além de ouvir músicas. Porém – sempre há um porém – os tablets possuem limitações. Devido ao baixo poder de processamento de alguns modelos, não é recomendável trabalhar com programas pesados, como o Photoshop, CorelDraw ou abrir arquivos pesados de aplicativos como Word, Excel e PowerPoint.


Fique conectado sem dor de cabeça

Antes de se render ao aparelho que vai mudar seus hábitos de entretenimento e a forma como você acessa a internet, preste atenção em algumas dicas para não se decepcionar.

Modelos com processador de menos de 1 GHz são lentos, especialmente para jogos. Evite as telas “resistivas” (muito menos sensíveis que as telas capacitivas do iPad) e outros modelos incapazes de recursos como o multitoque, essencial em muitos aplicativos.

A resolução de tela também é importante: 1024 x 600 pixels em uma tela de 7 polegadas (a resolução do primeiro Samsung Galaxy Tab) é o mínimo em um tablet, especialmente para quem gosta de navegar na web.

Um tablet ofertado por R$ 500 pode parecer muito atraente, mas o preço baixo tem seu motivo. Ele não terá o poder de processamento, capacidade de memória, resolução e tamanho de tela ou agilidade dos modelos mais caros, necessários para uma experiência satisfatória.

Muitas operadoras oferecem tablets com conexão 3G por preços atraentes se combinados a um contrato de serviço, tipicamente de 2 anos, com uma mensalidade pré-estabelecida. O problema é que depois de assinar o contrato você não poderá mudar de plano (ou de operadora) antes do fim do contrato sem pagar uma multa. E no mercado de tablets, onde a tecnologia evolui rapidamente, acredite: dois anos é uma eternidade.


O fruto proibido mais desejado

Não por acaso, a marca gravada em todos os produtos da Apple é uma maçã. A empresa de Steve Jobs é responsável por desenvolver e produzir os aparelhos mais cobiçados da última década. Nesta lista estão incluídos: iPod, iMac, iPhone e o sucesso do momento, o iPad. A coleção de aparelhos “i” levou a Apple a fechar o segundo trimestre de 2011 com ganho líquido de quase US$ 6 bilhões. Nesse período, o lucro da companhia subiu 95% e a venda de iPads atingiu a marca de 4,69 milhões de unidades comercializadas. Também foram vendidos 18,3 milhões de iPhone e 9 milhões de unidades do player iPod.

As vendas impulsionaram a empresa a registrar recorde de receita, com US$ 24,6 bilhões no período medido. O bom resultado fez com que a Apple superasse a concorrente Microsoft em lucros líquidos pela primeira vez em duas décadas. Foram US$ 5,99 bilhões contabilizados contra US$ 5,23 bilhões da rival.

iPad 2

O iPad 2, segunda geração do tablet da Apple, será lançado oficialmente no Brasil em junho. Inicialmente, os aparelhos comercializados no país serão importados, sobretudo para suprir a demanda por alguns modelos da primeira geração, esgotada há meses. Mas a previsão é que até dezembro os produtos encontrados nas prateleiras daqui sejam fabricados em solo nacional.