Som, luz, câmera... Cine UEMG

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Por Eduardo Uliana

Dando seqüência a série de reportagens sobre os projetos culturais desenvolvidos no Campus de Frutal da UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais), nesta edição apresentamos o Cine UEMG. Idealizado pelo professor do curso de Comunicação Social, Lausamar Humberto, o projeto de extensão tem como objetivo atualizar e ampliar conhecimentos e a cultura geral de universitários, estudantes de escolas públicas e particulares da cidade e da comunidade local por meio do cinema.

O Cine UEMG teve início em 2010. Em sua segunda temporada, está com ciclos mensais voltados para a cinematografia de sete países, buscando trazer obras importantes destas nacionalidades, assim como seus principais atores e diretores. Em abril foi exibido o ciclo sobre o cinema argentino e em maio, sobre o cinema alemão. Confira o cronograma do restante do ano: cinema francês (junho), cinema espanhol (agosto), cinema americano (setembro), cinema italiano (outubro), fechando com o cinema japonês, em novembro.

Os dois primeiros ciclos - abril e maio - foram realizados no auditório da Câmara de Vereadores. A partir de junho, as exibições vão acontecer no anfiteatro antigo da UEMG, sempre a partir das 15h. A entrada é gratuita.

De acordo com o coordenador do projeto a escolha dos filmes que fazem parte da programação é feita junto com os alunos do curso de Comunicação assim como a organização e a divulgação das sessões. “Esta é uma forma de promover a integração entre academia e sociedade e diversificar a visão cultural das pessoas, além de buscar formar uma platéia cinematográfica na cidade”, define Lausamar.

Para Rafael Silva Ferreira, aluno do 3º período de Comunicação Social, o Cine UEMG é uma iniciativa boa, pois em Frutal não tem cinema e esse projeto permite que tenhamos pelo menos uma sala, mesmo que improvisada. “Tudo que é bom a gente tem que participar, por isso entrei, além é claro de querer ajudar na divulgação e levar quem eu conheço para assistir aos filmes”, comenta Rafael, que também é colaborador do projeto.

Vinicius Dalanezi, do 1º período de Comunicação Social, aponta como grande diferencial do projeto, a seleção dos filmes, que foge do circuito comercial das grandes redes de cinema. “O projeto é interessante porque não são filmes comuns e assim ficamos ligados em outras culturas”, destaca.

O Cine UEMG conta com o apoio da Câmara de Vereadores de Frutal e da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer.


A sétima arte

A luz se apaga você ouve o barulhinho do projetor trabalhando para dar movimento a milhares de fotos produzidas em seqüência, e assim começa mais um filme. A técnica ainda é quase a mesma desde a invenção do cinematógrafo pelos Irmãos Lumière no fim do século XIX. 

E foi no subterrâneo do Grand Café, em Paris, em 28 de dezembro de 1895, que eles realizaram a primeira exibição pública e paga de cinema: uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada, já que os rolos de película tinham 15 metros de comprimento. Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira sessão chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e "A chegada do trem à Estação Ciotat".

Desde a primeira exibição, feita de forma improvisada em um saguão até hoje, com salas climatizadas e recursos 3D, o cinema conserva sua essência cultural e o poder da comunicação universal. Além disso, o ato de ir ao cinema é quase como um ritual, uma integração social. Seja rico ou pobre, todos assistem o mesmo filme.

Sendo assim, a denominação sétima arte, dada pelo teórico italiano Ricciotto Canudo em 1911, é mais do que justa para expressar a importância do cinema. O termo está no Manifesto das Sete Artes, publicado apenas em 1923. Essa referência é apenas indicativa, cada uma das artes é caracterizada pelos elementos básicos que formatam sua linguagem. Elas são classificadas da seguinte forma:

1ª Arte - Música (som);
2ª Arte - Dança/Coreografia (movimento);
3ª Arte - Pintura (cor);
4ª Arte - Escultura (volume);
5ª Arte - Teatro (representação);
6ª Arte - Literatura (palavra);
7ª Arte - Cinema (integra os elementos das artes anteriores)