Por Eduardo Uliana
Pautar, entrevistar, escrever, gravar e atualizar perfis. Na sociedade da informação o jornalista é um profissional com várias identidades, quase um Clark Kent, só que sem super poderes. O comunicador que o mercado exige, agora designado multimeios, é aquele que além das funções básicas que já exerce, é capaz de executar tarefas técnicas e trabalhar com várias ferramentas ligadas ao meio de comunicação: seja impresso, televisivo, radiofônico ou virtual. E muitas vezes, todos esses formatos resultam em blogs, sites, rádios e televisão pela internet, competindo a este único profissional a função de reportar, fotografar, editar, diagramar e atualizar todo conteúdo da página.
Acha difícil para uma pessoa desempenhar todas essas funções? É inevitável. Assim como aconteceu em todas as áreas, a evolução tecnológica extinguiu funções e fundiu várias em uma. E as empresas de comunicação não fugiram a regra. Nos processos seletivos exigem que jornalistas recém-formados saibam utilizar câmeras fotográficas, filmadoras e programas de edição de áudio e imagem. Além, é claro, escrever bem e com agilidade. O domínio da informática e de línguas estrangeiras é uma obrigação.
E os novos jornalistas estão preparados para esse novo mercado? A maioria não. Poucas instituições de ensino superior acordaram para essas exigências e reformularam a grade curricular, inserindo disciplinas sintonizadas com as novas tendências. Cabe ao “foca” não ficar preso ao conteúdo dado dentro da sala de aula e buscar conhecimentos técnicos fora do campus. Desenvolver projetos experimentais que transitem entre diversos meios e se aventurar como fotógrafo, vídeorreporter, diagramador, editor e tantas outras funções que fazem parte da rotina nos veículos de comunicação. E como dizia o eterno Chacrinha: “Quem não se comunica, se estrumbica”.
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