SWU 2011 #EU TAVA LÁ

Posted in















Por Thaís Fernandes


Foram 180 mil pessoas nos três dias de Festival. O SWU (Começa com Você) reuniu música e artes com o intuito de disseminar trabalhos e discussões sustentáveis. Os cabelos denunciavam a diversidade: dreads aos montes, moicanos, chapinhas, black powers. A grande maioria viajou muitas horas até chegar ao evento, mas a verdade é que a viagem ao lado de amigos ou mesmo de desconhecidos com algum gosto em comum, já é grande parte da aventura.

Em três dias, artistas nacionais e internacionais se dividiram nos mais  diferentes estilos. Do reggae para o eletro, até o legítimo rock’n roll. Com 1,7 milhão de metros quadrados o Festival abrigava além dos palcos musicais, diversas intervenções artísticas e, ainda o II Fórum Global de Sustentabilidade. As palestras e debates ocorreram durante as manhãs e as tardes de todos os dias. Para quem já tivesse o ingresso bastava se inscrever e participar de graça. O Fórum contou com convidados de peso como o músico e pacifista Neil Young e a diretora de cinema Laís Bodanzky (Bicho de sete cabeças e As melhores coisas do mundo).

A abertura do Festival contou com muito rap e reggae. E quem escolheu o primeiro dia não se arrepende. Marina Toniollo Reis, 20, estudante de Comunicação Social na UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais), planejava desde junho deste ano a viagem ao Festival.  “Quando meus amigos me falaram e fiquei interessada, combinamos de ir todos juntos”. A turma que decidiu viajar quase 12 horas até o SWU era formada por seis estudantes da UEMG, Campus de Frutal.

A falta de opções locais fez os amigos suarem pra conseguir um meio de transporte. “Foi dificílimo encontrar transporte. De tanto eu ir atrás, lembrei de uma excursão que fizemos para o programa Altas horas e o guia Claudinei me passou o cartão dele, entrei em contato. Como ele é de Rio Preto, me informou sobre uma excursão de uma agência de lá. Todo mundo concordou e fomos com eles. O único problema era que a excursão saia de Rio Preto, mas nós demos um jeito... fomos de táxi, hehehe... e no final deu tudo certo.”, brinca Marina.

Mas todo o esforço foi recompensado com a chegada ao local do evento. “Valeu  a pena sim, cada minuto de ansiedade e de insônia.”, afirma Thiago Couto, 21, um dos seis estudantes que saíram de Frutal rumo ao primeiro dia de Festival SWU. Marina lembra ainda o que passava por sua cabeça antes da chegada: “Expectativas foram muitas. Queria muito participar de um festival mundialmente conhecido e com tantas atrações. Primeira sensação? Olha aonde eu tô! Foi demais, é enorme! Olha a estrutura desse lugar.”, impressiona-se.

O show mais falado do dia 12 certamente foi o do Black Eyed Peas. Thiago ressalta o carisma do grupo americano. “Curti sons até mesmo antes desconhecidos. A energia, a “vibe” te faz curtir! Surpreendi-me com o show do Marcelo D2 e do BEP! Sensacional é pouco”, enfatiza Couto.

Os shows internacionais foram os mais esperados e surpreendentes para os amigos. “Snoop Dog foi demais, foi um show muito bom. Meus amigos todos comentaram que adoraram o show. E negativamente foi o Kayne West, chato até!”, relembra Marina.

É claro que em meio a tantas opções, foi preciso definir bem o que cada um queria fazer. Por isso a primeira parada foi por um dos ambientes de intervenção artística, para depois seguirem para a Tenda Heineken, onde estavam os Dj’s. “Devido ao enorme espaço e aos shows simultâneos não tive a oportunidade de fazer tudo, porém fiz tudo o que eu dei prioridade.”, afirma Couto.

O estudante, que cursa o 4º período de Administração, esteve seu primeiro grande Festival e conta que já guarda grandes lembranças. “A sensação é única, não me sentia no Brasil. Eu me sentia como em um festival na Inglaterra ou qualquer outro festival internacional fora do nosso país, que para eles já é freqüente. Grandes artistas nacionais e internacionais fizeram com que eu não desistisse ou deixasse essa oportunidade passar.”, ressalta Thiago.

“Apesar de ficar super cansada, não conseguir dormir no ônibus e ficar 48 horas acordada, valeu a pena. Quero essa aventura de novo!”, diz Marina que relembra ainda que a companhia dos amigos foi essencial para tornar a experiência inesquecível: A viagem foi maravilhosa. Só risadas, vale a pena, quero repetir!.

Em meio a 73 atrações musicais, os interessados tiveram que escolher bem em qual dia comparecer. E a preferência frutalense ficou mesmo com o último de dia de Festival. O dia 14 de novembro reuniu bandas que tem em comum o rock e os fãs devotos, incluindo um ônibus lotado de frutalenses. Kaio Cesar, 23, estava de olho no Festival desde sua primeira edição no ano passado: “Não poderia perder a segunda. A expectativa era de um festival alternativo, com muito rock e sem violência.”

Na sua lista de preferências, Kaio destaca as bandas Alice in Chains e Stone Temple Pilots. Mas como todo grande evento, este também proporcionou surpresas. “A banda Down eu praticamente não conhecia e foi espetacular. Já a Primus foi uma merda e todo mundo falava que era uma banda fodida.”

O jovem, que já esteve em outros festivais, destaca a estrutura e a qualidade das bandas no SWU: Com certeza foi o maior festival que já fui. Os diferenciais foram as bandas dos anos 90, com certeza.

Além disso, ele não se abala com a idéia de viagem cansativa de bate-volta. “Pra quem mora em Frutal, se quiser ir a show grande tem que enfrentar viagem longa, então eu sempre encarei essas viagens de cinco ou mais horas. E é sempre bom, porque a viagem também faz parte da diversão. É praticamente um evento a parte.”, confirma Kaio.

Sobre a experiência de um grande Festival os três aventureiros são unânimes: Sim, eles pretendem repetir a dose. “Com certeza, se o line up do SWU 2012 estiver legal como em 2011 eu irei. E estou planejando de ir ao Lollapalooza em 2012... vamos ver.” comenta Kaio Cezar. Marina também tem planos para o Festival Lollapalooza que ocorrerá em São Paulo, em abril do ano que vem. “Umas das minhas bandas favoritas vai tocar, o Foo Fighters! Eu to morrendo de vontade de ir. Se eu tiver grana eu vou!”, explica. E Thiago  completa: “As economias de universitário que sou, já estão sendo feitas!”.