Por Eduardo Uliana
Está na moda criar fan pages empresariais no Facebook para divulgar produtos e serviços. Inserir o endereço Facebook.com/nomedaempresa no material de divulgação é praticamente uma obrigação no mercado publicitário. Podemos até dizer que as marcas que ainda não estão no Facebook sofrem bullying comercial.
Não estar na maior rede social online do mundo hoje em dia significa não existir. Essa regra se aplica tanto para pessoas físicas como para as empresas.
Com medo do anonimato digital, muitos empresários estão entrando nesse próspero ambiente de possibilidades comunicacionais sem noção alguma de como aproveitar toda potencialidade do meio. Com isso, acabam repetindo fórmulas antigas em um local novo, que clama por inovação. O resultado? Panfletagem eletrônica, que incomoda o internauta e não traz retorno algum.
Mas existe uma luz no final do túnel, ou melhor, em cada post. Empreendedores antenados já perceberam que o Facebook é uma ferramenta com grande potencial de mercado, que pode gerar uma identificação do consumidor com a marca, além de estabelecer um canal direto de comunicação entre eles.
Reportagem da revista Exame Pequenas e Médias Empresas, publicada em abril de 2013, mostra que os brasileiros estão usando o Facebook cada vez mais para se informar sobre a reputação da empresa, compartilhar opiniões sobre produtos ou serviços e divulgar suas marcas preferidas. Quando o internauta tem uma boa relação com a marca, seu engajamento na rede é muito forte e se a empresa estiver atenta a isso, pode usá-lo como porta-voz da sua marca.
Empresas como O Boticário e Cacau Show perceberam essa tendência e não se limitam a divulgar seus produtos na rede social. Suas ações no Facebook envolvem promoções, enquetes, produção de conteúdo exclusivo, central de relacionamento com consumidores, além de divulgar informações relevantes para seus públicos.
Isso é comunicação empresarial, um esforço sistemático e permanente de interação de uma organização com os seus públicos de interesse. Onde quer que eles estejam. A comunicação empresarial deve ser baseada na cultura da organização e no segmento da sociedade atendido.
Segundo Paula Bellizia, diretora do Facebook para pequenos e médios negócios no Brasil, apesar do horário nobre da rede social ser das 20h às 23h, é necessário acompanhar os índices de audiência da fan page para definir em quais horários as pessoas estão mais predispostas a receber as informações da marca.
As organizações, independentemente do seu tamanho ou atividade, precisam investir em comunicação. Em tempos de mídias sociais, que ganham força e popularidade rapidamente, é vital que as empresas estabeleçam uma comunicação aberta e transparente com seus diversos públicos. Uma vez que as Tecnologias da Informação e Comunicação romperam com a configuração tradicional emissor-canal-receptor, compreender e convencer seus seguidores/fãs é a senha para o sucesso da marca.
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