Editorial: Investimento no diálogo

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Nesta edição do 360, o jornal traz uma reportagem sobre a difícil situação do sistema educacional. Não é apenas o ensino, não é apenas a qualidade, não é apenas mais um triste retrato da realidade. A situação chegou ao ápice. Violência e falta de respeito que nunca combinaram com a escola, agora são pensados juntos da educação. Eram opostos. Hoje, quase sinônimos.
Verdade seja dita: a violência não existe a partir de agora. E o saudosismo também não cabe. Dizer que antes era melhor, era assim ou assado, é muito fácil. Lamentar é fácil. Há a necessidade de se pensar o ensino, o investimento, a sociedade.
O governo federal aumentou o investimento em educação. Os índices de educação sobem, mas, a realidade vivida pelas instituições de ensino ainda é temerária. E culpados – acusados? Não faltam. A escola fala do desinteresse do aluno, a família da falta de estrutura da escola, os professores da não valorização. E enquanto isso os alunos seguem nas distrações da vida de quase adolescentes.
O caminho para melhorias e uma real situação satisfatória parece ser complicado de encontrar, mesmo assim, existem possíveis saídas. Uma delas, a maturidade. Maturidade de entender os problemas, maturidade e capacidade de autoavaliação de todos os envolvidos: gestores, pais, alunos e professores. Junto da maturidade, vem também a humildade para reconhecer que as melhorias só irão acontecer quando todos falarem a mesma língua. Quando cada um entender o seu papel enquanto cidadão e, mesmo com situações adversas, tentar melhorar.
Maturidade e diálogo são, portanto, pontos extremamente necessários para melhorias, reivindicações e, acima de tudo, o Brasil, Minas Gerais, ou Frutal terem uma educação de qualidade, onde o medo e a violência não continuem sendo tratados com naturalidade. Em Frutal, ainda que embrionário, o diálogo parece começar a acontecer depois dos casos e brigas. Se dará certo ou não, veremos.