Por trás do selfie

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Por Eduardo Uliana 

A onda dos autorretratos, os “selfies” conquistou o mundo. Foi reportagem no programa Fantástico e virou febre entre os jovens. Um dos selfies mais famosos, registrado por Ellen DeGeneres, mestre de cerimônias do Oscar 2014, foi recorde de compartilhamentos nas redes sociais.

Qualquer ocasião, seja um encontro de amigos ou durante as aulas na faculdade, é registrada na forma de um selfie. Sem contar os autorretratos no espelho do banheiro – os mais populares.

Mas porque precisamos dessa autoexposição? Será que depois de nos isolarmos nessas caixinhas luminosas conhecidas como smarthpones, desenvolvemos uma certa carência e a necessidade de expor emoções e intimidades para o mundo? E deste, então momentos pessoais e particulares tornam-se públicos e coletivos. Compartilhamos fotografias e emoções com pessoas que nunca vamos conhecer. E isso é perfeitamente normal em tempos de redes sociais online.

Se por um lado estreitamos relações e aumentamos nosso círculo de amizades. Do outro lado, vale pensar se as amizades virtuais têm o mesmo peso das reais.

Estaríamos vivendo uma realidade solúvel, assim como os inúmeros autorretratos que lotam as linhas do tempo? Realmente precisamos de tantos selfies assim? Já somos vigiados o tempo todo por inúmeras câmeras de vigilância. Monitorados a cada compra no cartão de crédito e analisados por meio de grandes bancos de dados governamentais e empresarias. Sem consentimento ou permissão.

Então, será que alguém está preocupado aonde vai parar todas as selfies feitas pelo celular? Hoje, ter uma vida discreta, longe das mídias sociais é praticamente impossível. Mas quem liga pra isso. Vamos “selfiar”